Manifestação pela manutenção do espaço público da Penitenciária de Florianópolis.
Tuesday, December 01, 2009
Friday, November 06, 2009
Tuesday, October 20, 2009
Chamava-se Edgar e era de um azul bem azul. Morava comigo e com Amanda, minha filha, que tinha então 4 anos, no Itacorubi, aqui em Florianópolis. Era o ano de 2003.
Um querido, o Edgar compartilhava nossas vidas e nossas aventuras. Se descíamos para brincar no gramadinho que ficava atrás do prédio, o Edgar ia junto. Ficava ali, na boa. Eu lendo um livro na minha cadeira de praia, debaixo da laranjeira. A Amanda espalhando brinquedos pela grama. Ele ali, tranquilão e azul. Dentro de casa, quando colocávamos o cd do Palavra Cantada a todo volume, ele dançava também. Era um querido, o Edgar.
Um dia, fomos viajar. Nós duas, não deu pra levar o Ed. Deixamos na vizinha, prédio ao lado do nosso, amiga de algum tempo. Seriam poucos dias.
Na volta, ligo para a amiga pra buscar o Edgar.
- Oi, voltamos. Posso passar aí e pegar o Ed?
- Oi, Adri. Olha, não vai dar agora...Estou fora de casa. Podes me ligar de noite?
Claro, eu respondi. Mas confesso: senti algo de estranho na voz da minha interlocutora.
A verdade é que se passaram três dias de telefonemas, desculpas e desencontros. E nada do Edgar voltar pra casa.
Era um final de tarde de sexta, quarto dia depois do retorno da viagem. Eu saí do trabalho e passei no "escritório", ali no Seu Zezinho, no Mercado Público, pra encontrar uns amigos. Estavam todos muito esquisitos. Houve um constrangimento geral, um ar cerimonioso demais para minha chegada. Fúnebre.
Espera: quem me conhece sabe que sou expansiva e que quando chego, em geral, os amigos me recebem rindo. Não foi assim naquele dia.
Sentei, pedi uma cerveja pro Pinga, filho do Seu Zezinho. Márcia e Cristina cochichavam. Sérgio Murilo mal olhava pra mim. Valci fumava olhando pro outro lado.
Explique-se: Cristina era, então, sogra da minha amiga que hospedava o Edgar. Algo de estranho acontecia.
Ouvi a Márcia dizer pra Cris: Melhor contar de uma vez, de sopetão.
A Cris me olhou, triste, e disse:
- Adri, a gente não sabia como te dizer, mas o Edgar morreu.
- Como?
- É, subiu no telhado.
Nisso toca o telefone. Era a Bianca, minha amiga hospedeira.
- Adri, é a Bianca. Desculpa, mas eu não conseguia te contar. Os livros da estante caíram e derrubaram o aquário...Quando cheguei em casa, ainda no dia que tu viajou, o Edgar tinha ido dessa pra melhor...
- Bianca! Não fica assim, isso acontece...
Todos na mesa me olhavam com cara de velório. Eu dei uma risada.
- Gente, eu amava o Edgar, mas se a morte dele serviu pra me mostrar o quanto vocês me consideram, ele foi por um bom motivo, né?
De noite, contei pra Amanda. Ficou tudo bem. Mostrei pra ela onde a Bianca tinha enterrado o Ed. Conversamos sobre a morte e tals. Ficou, realmente, tudo bem.
Beijo, Ed. Beijo, turma.
Monday, October 12, 2009
Monday, October 05, 2009
Curta super bacaninha. Realização de alunos da Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de Los Baños, Cuba. A história se passa no bairro chinês de Havana.
Comi um yakisoba por ali, em 2003, com amigos de vários países:
Colômbia, Espanha, Brasil, Chile, Dinamarca...
Bons tempos!
Wednesday, September 23, 2009
Aconteceu em Porto Alegre, alguns anos atrás.
Era uma Sexta-feira Santa. Eu estava em casa, na Cidade Baixa.
Telefone.
- Oi, Adri! Vamos comigo na missa? Faz tempo que não vou...
- Tá, tudo bem, vou contigo.
Roci, minha amiga cearense que também morava no Rio Grande naqueles dias, passaria em quinze minutos pra me buscar. E passou.
Centro de Porto. Estacionamos na Duque de Caxias, do ladinho do Palácio Piratini, eram perto das seis da tarde.
Sucedeu que naquele dia um ex-governador gaúcho era velado justo ali, no Palácio. E sucedeu também que bem na hora em que estávamos por passar pela frente da porta do Piratini despontou o caixão, carregado por senhores distintíssimos que não vem ao caso mencionar. Como talvez dissesse Machado de Assis, o leitor e a leitora que me desculpem, mas falta não há de fazer deixar de nomeá-los.
Fomos barradas pelos seguranças. Deixem o morto passar, e também os muito vivos que carregam seu peso. Podíamos ter contornado a Praça da Matriz, bem volteando em frente da Assembléia Legislativa e do Teatro São Pedro. Mas não, ficamos ali, bisbilhotando o cortejo fúnebre.
Passados alguns minutos, do morto só o cheiro das velas. Embalamos passos largos até a Catedral, pensando-nos atrasadas para qualquer missa a caminho; mas sem deixar, é claro, de confabular sobre os trejeitos de cada um dos que seguravam as alças. Só não falamos do morto, de quem sequer vimos a brancura funesta.
Entramos na Catedral. Vazia! Eu me sentei bem ao fundo, que Ave Maria bem rezada, ali no cantinho, já estava para mim de ótimo tamanho. Roci não contentou. Andou até perto do altar e ficou se espichando para tentar ver o que passava no meio de um bolinho de gente que ali se espremia. Baixinha como esta que vos escreve, viu pouca coisa. Mas o que viu, veio me contar:
- Ô, Adri, tu não vai acreditar! Outro velório! Vamos pra uma igreja que tenha missa, pelamordedeus!
Saímos. Nas escadarias, demos de cara com um padre, bem vestido de padre, e uma freira, da mesma forma nos moldes para a ocasião. Roci não aguentou:
- Ô, Seu Padre, boa tarde... Que horas é a missa?
- É sete horas, minha filha...
- Ah, tá certo...E me diga uma coisa, por favor, quem é o morto ali de dentro?
O Padre ficou branquinho que só. A freira só não fez o sinal da cruz por pura piedade de nós.
- Minha filha, aquela ali é a estátua do Senhor Morto! Hoje é Sexta-feria Santa!
A Roci, que perde o lugar no céu, mas não a piada:
- Ô, Seu Padre, que beleza, ãh...Hoje só tem defunto bom!!! Ali ex-governador, aqui Jesus Cristo! Vou te dizer, hoje só a diretoria!
Eu sai de fininho, nem vi a cara do padre. Ela veio atrás. Nem fomos mais na missa. Decidimos ir pra Cidade Baixa tomar uma cerveja. Afinal, não é todos os dias que se vai ao velório de Jesus Cristo e de um ex-governador numa tacada só.
Tuesday, September 22, 2009
A I Mostra Nacional de Documentários de Chapecó começa hoje.
Parabéns ao povo que pensa e produz cinema por lá. Muito bacana!
Friday, September 11, 2009
Regininha Carvalho blogando novamente no Grandes Autores Catarinenses
Ela explica: Para divulgar alguns textos de autores da terrinha, vivos e mortos, sem preocupação em sistematizar, só em divulgar o que é bom...
Passa lá, entonces!
Tuesday, September 01, 2009
Monday, August 31, 2009
Saturday, August 29, 2009
[sonho]
Saturday, August 22, 2009
E o primeiro desenho que você me deu!
Neste domingo, 23 de agosto, você faz nove anos e eu tenho que te agradecer por muitas coisas. Vou fazer uma listinha, assim, daquilo que me vem na cabeça agora. Sim, pois a lista será sempre, sempre infinita. Assim como você, que já nasceu infinitamente doce e amada.
Lá vai a listinha.
Obrigada por:
*ser tão companheira e compreensiva, todos os dias e noites;
*ser tão solidária e fraterna, sempre;
*ser tão capaz de entender os outros, com teu espírito tão evoluído e tua enorme capacidade de discernimento;
*amar tanto as pessoas, se preocupar com elas, sem olhar diferenças;
*escrever histórias tão bonitas;
*gostar tanto de música e me chamar pra ouvir as novas canções que você tira no piano;
*me deixar tão orgulhosa com seu empenho na escola;
*amar tanto os bichinhos perdidos nas ruas (juro que, se a mãe pudesse, traria todos pra nossa casa...);
*desenhar coisas tão lindas e me dar os desenhos de presente (desde bem pequena você me dá desenhos lindos!);
*me ensinar tantas coisas que nem sei dizer;
*me fazer rir e rir comigo de tantas coisas simples e cotidianas, como os “cocozitos” que ‘enfeitam’ a nossa rua todo final de tarde (já rebatizamos a nossa rua, que se chamava Procópio, de “ProCOCÓpio”, né?);
*dormir tão lindinho de manhã (adoro te ver dormindo, tão querida...e depois de te acordar, te ouvir dizer: “Poxa, mãe! Me acordou no meio do melhor sonho da minha vida!”);
*me corrigir quando canto errado (sim, você tem razão, eu sou desafinada e não sei o “tempo” das músicas...);
*não conseguir dormir sem me dar um beijinho;
*secar a louça, mesmo que em prestações;
*saber perdoar e pedir perdão (você é mestre nisso, Ami!);
*torcer por mim e pelos meus projetos;
*amar tanto o seu pai;
*amar e respeitar tanto os seus avós;
*tentar comer o que não gosta e ter sempre vontade de provar o desconhecido (tá, já entendi, com peixe eu não forço mais, ok?);
*comprar presente pra mim com seu dinheirinho;
*gostar de Mutantes, Rita Lee, Paulinho da Viola, Amy, Beatles (tu tens bom gosto, neguinha!);
*andar comigo pra todo lado, mudando de cidade, fazendo amigos (quando você era menor, lá pelos quatro anos, no parquinho de diversões, você dizia: “Mãe, vou ali ‘criar’ uns amiguinhos!”);
*deixar tantas marcas bonitas por onde passa;
*ler para a Nilza e ajudá-la a se preparar para o vestibular;
*ser uma baita companheira de viagem;
*ser a blogueira mais fofa que eu conheço;
*ser corajosa e valente;
*me fazer acreditar na vida, em todos os momentos;
*ser tão sincera, sempre!
Ami, filha: te amo mais que tudo, mais até que bala de banana!!!
Feliz Aniversário!
--------------------------
Tio Nego!
Este domingo também é dia de parabéns para o meu amigo-irmão Vladimir, o tio Nego. Quis o destino que naquele 23 de agosto de 2000, quando você nasceu, fosse o tio Nego que nos levasse correndo pro Hospital Mãe de Deus, lá em Porto Alegre! Você não lembra, claro, mas o destino foi muito feliz!! Que lindo, não é?
Beijo enorme e todo o nosso carinho pra ti, tio Nego!
Feliz Aniversário!
Wednesday, August 19, 2009
Fifo Lima colocou o Cine Luz na rede novamente. Informações sobre o cinema catarinense, críticas e notícias do mundo da sétima arte. Ele promete tudo isso e muito mais! Bacana, Fifo!
Monday, August 17, 2009
Os amigos queridos de Chapecó, Ilka e Miro, estão contando num blog o percurso de produção do documentário Celibato no campo, vencedor do Prêmio Cinemateca Catarinense 2008.
Eles contam lá no blog:
"A intensa migração de jovens filhos de agricultores para as cidades, sobretudo de jovens mulheres, que saem para estudar e dificilmente retornam às propriedades rurais, faz surgir um novo fenômeno social: o celibato masculino no campo. O documentário vai abordar as razões do aparecimento deste fenômeno que se configura como a masculinização do campo e que tem como conseqüência a diminuição do número de casamentos e o envelhecimento no meio rural. A proposta é mostrar que a masculinização e o celibato no campo não podem ser encarados como decorrência natural do processo de desenvolvimento e que o atual modelo da agricultura familiar se apresenta como um dos principais fatores de expulsão das mulheres do campo".
Ilka e Miro, além de experientes e talentosos, sabem ouvir com atenção e respeito as histórias humanas [demasiado humanas!].
Espero ansiosa pelo doc!
Saturday, August 15, 2009
Vinha do centro pra Trindade. Ônibus quase cheio. Estava sentada perto da porta bem do fundo. De repente, dois bancos atrás de mim, uma senhora espirrou.
(sobe música de suspense e vai a bg)
Imediatamente, várias pessoas da frente olharam pro fundão. Eu fiquei paralisada, no meio do fogo cruzado. Os olhares me tocavam também. Imaginem um 'paredón, señores'!
Pensa rápido, Adri!
Olho também? Bah, mas é chato com quem espirrou, ninguém tem culpa por espirrar, pelamordedeus! Saio em defesa da pobre mulher? Não, melhor ficar na minha...
Tá, mas e se o resto do ônibus achar estranho SÓ EU não olhar. Sei lá, eu podia ser detida e julgada como cúmplice de uma tentativa de ataque viral em massa. Sem um espirrinho sequer, os EUA detonaram o Iraque e mandaram o Saddam pras cucuias... E ali, no ônibus, havia testemunhas do espirro, havia provas do atentado...Aí, como diria um filósofo amigo meu, que aliás não sei por onde anda: "é caixão pro Billy".
Estátua!
Não sei como era a mulher, que cara tinha: se era loira ou ruiva ou alta ou magra ou se tinha alguma ligação com um braço manezinho da Al-Qaeda.
Se algum vírus da gripe porquinha me atingiu pela retaguarda, também não sei. Já faz uns quatro dias e está tudo bem, fora uma cãimbra nos dedos do pé direito - atribuída muito mais à idade que a uma possível contaminação viral.
Quando o ônibus parou no terminal, desci e andei ligeirinho, sem olhar pra trás.
Thursday, August 13, 2009
Wednesday, August 12, 2009
Monday, August 10, 2009
Espia um pouco do resultado no super site da Soninha
Andava a passos rápidos. Queria comprar flores. Tinha pressa. Quase corria, na verdade. Quase corria. Não fosse assim, perderia o enterro.
Álvaro era, antes de tudo, seu irmão. Sim, seu. Mesmo que se perdesse entre os seis que a vida impusera, era ele o mais irmão.
Corria, quase. Não fosse assim, perderia.
Álvaro crescera entre cuidados, nascido frágil. Brincaram, anos a fio. Álvaro sentado no carrinho de madeira. Adorava. Foi até os 8 anos de Álvaro. Seus 11.
Corria. Compraria lírios. Na adolescência de Álvaro, faltou-lhes a mãe. Cada irmão seguiu caminho. Álvaro ficou com a avó. Lembrava-lhe o choro na despedida.
Doiam-lhe os pés, a esta altura. Quase sem fôlego, dobrou a esquina. Encontrou aberta a floricultura e sentiu um frio imenso.
Thursday, July 30, 2009

E Laurinho manda avisar que repaginou o Meleca Verde. Agora temos na web o Meleca Criativa, com muitas criações do menino-mais-coisiquirida.
Wednesday, July 29, 2009
Sunday, July 26, 2009
Monday, July 13, 2009
Thursday, July 02, 2009
Wednesday, July 01, 2009
O documentário Espírito de Porco, dirigido por Dauro Veras e Chico Faganello, estreia hoje na cidade de Seara, no Oeste do Estado. A produção discute os impactos da suinocultura industrial na região a partir do ponto de vista de um personagem central desta história, o porco.
É um documentário subjetivamente "suinocêntrico"
Confira o trailer:
Tuesday, June 23, 2009
Na sexta, 26 de junho, começa a 8ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Vou trabalhar na assessoria de imprensa, junto com outros colegas, sob a coordenação da Kátia Klock. Acompanhe aqui
Bloguinho
E Amanda também vai participar. Ela terá um blog onde vai contar suas impressões sobre a Mostra. Minha pequena já é crítica de cinema!
É no Bloguinho da Mostra.
Friday, May 29, 2009

Certa vez, em Puerto Montt
Onde o Chile encontra seu Sul
Eu vi dois velhos barcos encostados um no outro.
Certa vez, em Puerto Montt
Onde o vento frio distrai o olhar
Eu vi o mar bem perto, de cima das pedras.
Certa vez, em Puerto Montt
Onde a noite se esconde em hotéis de luz incerta
Eu me vi, esperando.
Re-publicando
ALMA
Monday, May 25, 2009
Dauro Veras avisa: trailer do documentário Espírito de Porco já está na rede.
Clique aqui para ver.
O doc tem direção do Dauro e do Chico Faganello.
Monday, May 18, 2009
dia de frio e sol.
na casa que ele está construindo, encontrei a reprodução de quadro do magritte,
que gosto muito. ainda não está na parede, está esperando tudo ficar pronto.
finalzinho da tarde fui caminhar com a amanda e fizemos algumas fotos.
hoje, ao postar, me dei conta de pequenas semelhanças.
a luz estava, realmente, um espetáculo.
Wednesday, May 13, 2009
Ônibus escolar quase chegando.
- Filha, escova os dentes, rápido!
- Mas falta pintar uma coisa!
- Deixa que a mãe te ajuda, vai escovar os dentes.
Pintei o que faltava. Era pouco, quase nada: uma palavra cruzada com o número 'vinte e sete' por extenso.
Ela volta do banheiro:
- Ai, graças a Deus ter uma mãe que sabe fazer as coisas!
O ônibus chegou.
Monday, May 11, 2009
Saturday, May 09, 2009

Wednesday, May 06, 2009
Sozinha, sentada num canto do café, observava os dois. Ela comia uma torta de chocolate com mastigadas lentas, como quem mexe os quadris, delicadamente. Quieta. Ele não mastigava nada, mas também comia. Comia-lhe os seios de pele branca. Comia-lhe o pescoço, macio. Comia-lhe as mãos e seus dedos finos. Com o café expresso, gole após gole, empurrava para dentro de si pequenos pedacinhos daquela alva doçura. Saíram abraçados. Satisfeitos.
Tuesday, May 05, 2009
Monday, May 04, 2009
no lo ha lavado mi lavandera:
lo lavaba en sus venas otilinas,
en el chorro de su corazón, y hoy no he
de preguntarme si yo dejaba
el traje turbio de injusticia.
Ahora que no hay quien vaya a las aguas,
en mis falsillas encañona
el lienzo para emplumar, y todas las cosas
del velador de tanto 'qué será de mi'
todas no están más mias
a mi lado.
Quedaron de su propriedad,
fratesadas, selladas con su trigueña bondad
Y si supiera si ha de volver;
Y si supiera que mañana entrará
a entregarme las ropas lavadas, ni aquella
lavandera del alma. Que mañana entrara
Satisfecha, capuli de obreria, dichosa
de probar que si sabe, que sí puede
Y como no va a poder!
azular y planchar todos los caos"
(Cesar Vallejo)
Sunday, May 03, 2009
Lenine
Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.
Wednesday, April 29, 2009

Trabalhei lá. Posso parecer suspeita pra falar, claro. Mas coloco na roda o site da Fm Cultura de Porto Alegre. Boa programação, boa música, bons amigos que ficaram por lá!
Saudades!
Dá pra ouvir a rádio pela net: clique aqui.
Friday, April 24, 2009
Wednesday, April 15, 2009
Olha que projeto bacana!

Pedro e o Choro: uma viagem pela
música popular brasileira
Livro-cd "Pedro e o Choro" resgata para o público infantil a importância de Alexandre Gonçalves Pinto, músico chorão conhecido como “Animal”, autor de O Choro – Reminiscências dos chorões antigos. Temas musicais incluem Radamés Gnattali, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, Garoto, Braguinha, Jacob do Bandolim e os autores do projeto, a professora curitibana Simone Cit e o maestro carioca Roberto Gnattali.
E mais: um tema inédito de Hermeto Pascoal criado especialmente para o projeto. Estão previstos lançamentos em Curitiba, Florianópolis e no Rio de Janeiro
A primeira edição do livro terá sua tiragem quase toda distribuída gratuitamente para docentes. “Desejamos que professores de diferentes realidades desenvolvam estratégias particulares na realização do trabalho pedagógico com as crianças a partir da leitura da obra”, explicam os autores.
E as crianças têm tudo para entrar com gosto nesta viagem literário-musical. Pedro é um menino-saxofonista que descobre, entre os pertences de sua avó, um livro cujo autor tem um apelido curioso: Animal. Acompanhado de quatro amigos - dois gatinhos, um tico-tico e um marreco -, Pedro sai, sem avisar a avó, em busca deste ser tão “estranho”. Começa aí uma aventura que vai levar a todos para uma viagem pela história de um dos gêneros musicais mais brasileiros: o choro. Eles vão atrás de um cara chamado Alexandre Gonçalves Pinto, músico chorão conhecido como “Animal”, autor de O Choro – Reminiscências dos chorões antigos, em 1936. Ele é o personagem central do livro.
Para criar a fábula musical Pedro e o Choro, Simone Cit buscou referências na obra Pedro e o Lobo, do compositor russo Sergei Prokofiev (1881-1953). Os autores também beberam numa fonte bem brasileira: a parceria entre Braguinha e Radamés Gnattali que marcou época pela Coleção Disquinho, com histórias embaladas por arranjos orquestrais.
Em Pedro e o Choro cada personagem é representada por um tema musical e um instrumento. Sim, pois na época em que se passa a história, "os bichos falam e tocam instrumentos". Na voz de crianças coordenadas por Simone, eles ganham vida. Durante o percurso, cada um vai introduzindo seu instrumento e os choros vão sendo apresentados como parte da trilha sonora da história.
Cada tema foi pesquisado detalhadamente, numa escolha que perpassa os principais autores do gênero e traz choros com títulos bem curiosos, como Amigo Pedro, de Radamés Gnattali, Tico-tico no fubá, de Zequinha de Abreu, O relógio da vovó, de Garoto, O vôo da mosca, de Jacob do Bandolim, e Pula Sapo, de Pixinguinha. Tem ainda um tema inédito que Hermeto Pascoal compôs especialmente para o livro e que se chama Jorrando sem parar. E mais: composições dos autores do projeto.
Sobre os autores:
SIMONE CIT
(concepção, pesquisa, textos, preparação das vozes e coordenação geral do projeto)
Nasceu em Curitiba em 1967. Licenciada em Música e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná, já publicou “Histórias da Música Popular Brasileira para crianças”, uma parceria com o maestro Roberto Gnattali e a artista plástica Iara Teixeira. O livro foi distribuído gratuitamente para aproximadamente cinco mil professores de escolas públicas de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo esta iniciativa contemplada com o Selo do Prêmio Cultura Viva em 2007. Atualmente é professora do Departamento de Educação da Faculdade de Artes do Paraná e doutoranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina.
ROBERTO GNATTALI
(direção musical, pesquisa, regência, arranjos e adaptações)
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1948. É professor adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UniRio, onde licenciou-se em Música e especializou-se em Educação Musical. Atua profissionalmente também como compositor, arranjador, regente, diretor musical e produtor artístico de espetáculos musicais, gravações de discos e trilhas para teatro, cinema e televisão.
Contatos:
Simone Cit
Fones: (41)3203-3974 / (41)8403-8435
E-mail: materiadesom@yahoo.com.br
Roberto Gnattali
Fones: (21)2539-8108
E-mail: robgnattali@terra.com.br
Monday, April 13, 2009
Friday, April 10, 2009
Sunday, April 05, 2009
Vi a dica no blog do Dauro e fui conferir no site do jornal argentino Página 12.
Entrevista bem interessante do historiador Eric Hobsbawn. Vale conferir!
Trechinho:
–Sí, América latina es interesante. Yo lo intuyo. Fíjese el país más grande, Brasil. Lula mantuvo algunas líneas de estabilidad económica de Fernando Henrique Cardoso, pero extendió enormemente los servicios sociales y la distribución. Algunos dicen que no es suficiente...
–¿Y usted qué dice?
–Que no es suficiente. Pero que lo que Lula hizo, lo hizo. Y es muy significativo. Lula es el verdadero introductor de la democracia en Brasil. Y nadie lo había hecho nunca en la historia de ese país. Por eso hoy tiene el 70 por ciento de popularidad, a pesar de los problemas previos a las últimas elecciones. Porque en Brasil hay muchos pobres y nadie jamás hizo tantas cosas concretas por ellos, desarrollando a la vez la industria y la exportación de productos elaborados. Aunque la desigualdad sigue siendo horrorosa. Pero hacen falta muchos años para cambiar más las cosas. Muchos.
Monday, March 30, 2009

Jornalista, só com diploma
27/03/2009
* Sérgio Murillo de Andrade
FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas
Em 1964, há 45 anos, na madrugada de 1º de abril, um golpe militar depôs o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Em 2009, a sociedade brasileira pode estar diante de um novo golpe. Desta vez contra o seu direito de receber informação qualificada, apurada por profissionais capacitados para exercer o jornalismo, com formação teórica, técnica e ética.
A exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, em vigor há 40 anos (1969/2009), encontra-se ameaçada. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, também em 1º de abril, o recurso que questiona a constitucionalidade da regulamentação da profissão de jornalista. O ataque à profissão jornalística é mais um ataque às liberdades sociais, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo.
É importante esclarecer: defender que o Jornalismo seja exercido por jornalistas está longe de ser uma questão unicamente corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham uma formação de alto nível. Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
A Constituição, ao garantir a liberdade de informação jornalística e do exercício das profissões, reserva à lei dispor sobre a qualificação profissional. A regulamentação das profissões é bastante salutar em qualquer área do conhecimento humano. É meio legítimo de defesa corporativa, mas sobretudo certificação social de qualidade e segurança ao cidadão. Impor aos profissionais do Jornalismo a satisfação de requisitos mínimos, indispensáveis ao bom desempenho do ofício, longe de ameaçar à liberdade de Imprensa, é um dos meios pelos quais, no estado democrático de direito, se garante à população qualidade na informação prestada - base para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas.
A existência de uma Imprensa livre, comprometida com os valores éticos e os princípios fundamentais da cidadania, portanto cumpridora da função social do Jornalismo de atender ao interesse público, depende também de uma prática profissional responsável. A melhor forma, a mais democrática, de se preparar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em Jornalismo.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
A sociedade já disse o que quer: jornalista com diploma. Pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, em setembro de 2008, em todo País, mostrou que 75% dos brasileiros são a favor da exigência do diploma de Jornalismo.
Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos de interesses privados e motivações particulares. Os jornalistas esperam que o STF não vire as costas aos anseios da população e vote pela manutenção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Para o bem do Jornalismo e da própria democracia.
* Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ
Mais nos sites do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e da FENAJ
No final de 2008, as imagens da grande tragédia de Santa Catarina impregnaram de dor e perplexidade os olhos e corações de todos os brasileiros. Enchentes acontecem, mas o impacto foi muito maior devido à destruição sistemática do ambiente no Estado, campeão nacional de desmatamento dos remanescentes da mata atlântica na última década.
Agora, mais precisamente amanhã, nova tragédia ameaça Santa Catarina e o Brasil. Desta vez ela é política. A Assembleia Legislativa votará, em meio a um megaesquema de propaganda agressiva contra os ambientalistas, projeto de lei que inacreditavelmente pretende, entre outros absurdos, reduzir a faixa de proteção das matas ciliares, nas margens dos cursos d'água, de 30 para apenas 5 metros! Desde 2001 há iniciativas para elaborar um código ambiental estadual. Em 2006, entidades do setor produtivo recomendaram que ele se fundamentasse na "estrutura fundiária do Estado e em suas peculiaridades regionais".
O que isso queria dizer vê-se agora. Ao longo de 2007, debates coordenados pelo órgão ambiental estadual (Fatma) resultaram em proposta encaminhada à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e entregue solenemente ao governador em março de 2008. Desde então, governo e membros da Assembleia desfiguraram de tal modo o texto que ele pode ser chamado de Código Antiambiental.Retira competências e responsabilidades dos órgãos estaduais na proteção ambiental, reduz áreas protegidas e atenta contra a Constituição e a legislação federal, numa verdadeira desobediência civil às avessas, em nome de um pretenso desenvolvimento. Bons tempos em que a desobediência civil era praticada em favor da sociedade.
Desse tipo de desenvolvimento já conhecemos os resultados, tanto no nível global quanto no local, como muito bem sabem os catarinenses que perderam suas famílias e casas nas enchentes de 2008.Aonde querem chegar? Impossível não associar o que acontece em Santa Catarina com as reiteradas tentativas, no Congresso Nacional, de mudança no Código Florestal para flexibilizar normas ambientais. Como a pressão da sociedade e a atenção da mídia nacional têm empatado essas articulações em Brasília, parte-se agora para uma estratégia de minar o código nos Estados, apostando no fato consumado de "leis estaduais" sob encomenda, que desfigurem a legislação federal.Santa Catarina deu a senha para arrombar a porta. Agora é o momento de saber de que substância é feito o Estado brasileiro.
Por MARINA SILVA
Folha de São Paulo de hoje.
Friday, March 27, 2009
por Eglê Malheiros *
É preciso que nós habitantes de Florianópolis, tanto os aqui nascidos como os vindos de fora, que realmente vivemos a cidade, tomemos ciência do risco que corremos. Estamos ameaçados de virar paisagem, elementos de composição de ambiente, exotismo que tempera a sobrexposição do fator tecnológico na construção dos edens para os happy few. Viramos paisagem ao mesmo tempo em que as belezas (e riquezas) naturais são apropriadas e maltratadas pelos grupos econômicos, mormente os ligados ao capital volátil do cassino financeiro internacional.
Seria de esperar (ou melhor, não seria, dado fatos pretéritos) que os governantes tirassem lições da crise em processo e tivessem um pouco mais de recato em acenar para os entes financeiros com facilidades jamais sonhadas, não se envergonhando nem de bancar os rufiões, dizendo que somos lucro garantido além de termos “mulheres lindas”.
Campos de golfe verdejam por cima das dunas, reservas ambientais são tomadas por condomínios, os mesmos atores das grandes falcatruas internacionais são recebidos como hóspedes desejados. Se não nos mobilizarmos cobrando das autoridades o cumprimento de suas obrigações – governar para o povo, com o povo e pelo povo, proteger nossa cultura, não deixando que as manifestações populares virem enfeite para dar “cor local” à indústria do turismo, impedir que o intercâmbio vire reles macaquear do que se faz lá fora, estimular a ação da sociedade em vez de tentar enquadrar movimentos sociais –, se isso não acontecer qualquer dia ao abrirmos os olhos veremos um cartaz à entrada, semelhante ao que havia em Pequim no tempo dos protetorados estrangeiros: “Proibida a entrada de cães e chineses”.
Releio o texto e me dou conta de estar a ponto de cometer grande “injustiça”. A pressa é inimiga da perfeição, não há que ter pressa, é só esperar até outubro. Outubro é o mês da “redenção”, a confiar no senhor Edson Busch Machado. Em outubro as agruras do transporte público, os professores mal pagos, a Biblioteca Pública (salva por nossa gente e precisando de recursos), o caos nas emergências, violência, carestia, tudo se esfumará no horizonte. Nós, que segundo essa autoridade fomos ovacionados em Marrakech, devemos sediar um Festival Internacional de Mágica; nossos hóspedes educados e altruístas de maneira nenhuma deixarão de agradecer a seus hospedeiros (nós, manés, zé-povinho, pois tudo é feito com nosso dinheiro) e num passe de mágica farão de nossas vidas um manso lago azul, com nossos problemas definitivamente resolvidos.
* Escritora
Friday, March 20, 2009
Thursday, March 19, 2009
Tuesday, March 17, 2009
Dauro Veras conta em seu blog que o documentário Espírito de Porco está quase pronto. Aguardamos ansiosos pelo lançamento, Dauro!
Friday, March 13, 2009
Quinta-feira, 12 de março.
16 horas. Acompanho minha mãe, professora aposentada, na Assembleia do Sinte, no Centro Sul, em Florianópolis. Ela viajou 12 horas de ônibus, com outros colegas do Oeste catarinense, para participar da discussão do magistério estadual. Ponto principal: o governo do Estado não quer pagar o piso nacional, que agora é lei.
17 horas. Caminho em direção ao Ticen, terminal de ônibus do centro da Capital, acompanhada de dois amigos. Na calçada central da avenida que dá acesso ao terminal, o espaço está tomado pela polícia militar: tropa de choque, cavalaria, o escambau. A população quase não tem espaço para caminhar na calçada. Está garoando. Nos espaços cobertos fora do terminal, muitos, eu disse MUITOS, policiais se protegem da chuva. Eles estão por toda parte. É quase uma parada militar. Os estudantes preparavam um protesto contra o absurdo do transporte coletivo da cidade.
17h10. Começa a chover forte. Entro no terminal A. Um rapaz, agitado, fala no celular: - Cara, é muito PM! E eles vieram pra bater! Meu ímpeto é de ficar, acompanhar tudo. Mas preciso estar em casa logo, minha filha vai chegar da escola.
17h15: Entro no ônibus Volta ao Morro Pantanal Saída Norte. Escolho esta linha para passar, propositadamente, pelo movimento dos PMs. O ônibus passa pelo Centro Sul: os professores estão aglomerados na saída. Chove forte. Havia na programação uma manifestação contra a criminalização dos movimentos sociais, reunindo várias categorias.
17h40: Chego em casa, na Trindade. Estou muito preocupada com minha mãe, que ficou na muvuca, no Centro. Ela retornaria ao Oeste logo após a manifestação, no ônibus fretado pelos professores. Abro o Diário.com. Nenhuma linha! O centro da cidade está tomado de policiais militares. A secretaria de segurança do Estado colocou o efetivo inteiro da Capital na rua. Mas não é notícia, parece.
19 horas: Nada na Internet. Ligo a tv. RBS Notícias. 15 segundos de imagens dos estudantes protestando no centro. Na imagem, uma faixa que diz: "O povo na rua, Dário a culpa é sua". Nenhuma imagem de policiais. Nenhuma! Off do apresentador sobre as imagens foi mais ou menos assim: "professores estaduais realizaram manifestação hoje no centro da Capital contra o governo do Estado, chamada pelo Sinte".
???????
Nenhuma imagem de professor algum. Nenhuma menção ao protesto dos estudantes. Nenhuma menção ao protesto contra a criminalização dos movimentos sociais.
Sexta-feira, 13 de março.
7h30 da manhã. Minha mãe liga, já do Oeste, dizendo que chegou bem e tudo certo. Viram o protesto dos estudantes na saída, ficaram no engarrafamento algum tempo.
14h55: Estou terminando esse texto. No Diário.com há uma matéria mínima, reunindo todos os temas em quatro mínimos parágrafos, postada às 19h39 de ontem. Na edição impressa, que acessei via internet, uma matéria praticamente idêntica à já citada, diz o seguinte: "Chuva diminui protesto na Capital". A foto é da polícia militar e a legenda diz o seguinte: "Polícia Militar fez barreiras na área central para agir caso houvesse necessidade". Nenhuma fonte fala na matéria. A não ser a de sempre: "segundo a organização".
Preciso rever meus conceitos: o que é mesmo um repórter? O que é mesmo reportagem? O que é mesmo ir pra rua? O que é mesmo uma pauta? O que é mesmo o jornalismo?
Wednesday, March 11, 2009

O GUARDADOR DE REBANHOS (IX)
Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pésE com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
sei a verdade e sou feliz.
Tuesday, March 10, 2009
Monday, March 09, 2009
Frank Maia comemora a chegada da filha Alice.
Nós também estamos muito felizes com o nascimento da pequena, Frank!
Friday, March 06, 2009
Wednesday, March 04, 2009
Para os curiosos com a minha resposta à pergunta da Amanda, seguinte:
*Eu disse acreditar que aquilo que entendemos hoje como "universo" é resultado de bilhões de anos de modificações, evoluções etc etc.
*Disse crer também que existe uma energia maior que sustenta um certo equilíbrio, que dá algum sentido pro rolo todo, enfim...
Não falei em big-ban, nem em Darwin, nem em Deus...
Mas está tudo meio implícito ali, né?
Frisei que é aquilo que acho, não uma verdade absoluta ou coisa parecida.
Me saí bem?