Imortais, claro
É por ser gremista - e ter bons amigos - que agora faço parte de um seleto grupo de jornalistas imortais que escrevem no blog Onze Mosqueteiros. Estamos lá, por ordem alfabética: eu (sim, pq eu começo com A), Andressa Taffarel, Carol Mazzonetto, Cássio Turra, Diego Zucolotto, Emerson Gasperin, Gastão Cassel - gremista de quatro costados e o grande responsável por tudo isso! -, Jeferson Cioatto, Marta Scherer, Rayana Borba e Upiara Boschi.
Reproduzo abaixo a minha primeira participação no blog:
Um tio querido, um time amado
Vou estrear aqui contando uma história singela, mas que diz bastante do meu sentimento em relação ao Grêmio.
Meu pai é colorado. Pasmem, cheguei a torcer pro Inter ganhar o tal campeonato mundial - quando foi mesmo?! Das duas, uma: ou o pai teria um ataque do coração de tristeza ou um de alegria... Perigava meu velho sofrer demais, então decidi que seria melhor de alegria. Convenhamos que, pra uma filha, nada como ver o pai feliz, apesar de colorado.
Mas foi só.Meu pai é colorado. E eu, desde pequena, sabia disso ouvindo os gritos dele - "Figueroa! Figueroa!" - , nos domingos de jogo. Naquele tempo o co-irmão tinha bons jogadores, justiça seja feita. Acontece que, além de colorado, meu pai era tratorista. Lá nos idos da década de 70, interior de Santa Catarina, o pai abriu muita estrada ligando as cidades do Oeste. Saía de casa na segunda, voltava no sábado. Nos víamos muito pouco, eu e o pai, naquelas épocas. Nos víamos nos domingos. Por causa do trabalho, ele passou algum tempo distante de mim. Tempo fundamental para alguém decidir o time do coração.
Meu tio mais novo, que morava com a gente, era GREMISTA. E estava sempre comigo. Não que o pai não quisesse ou fosse relapso, mas o tio teve, nesta época, a vantagem de brincar comigo todos os dias. E ele é o tio mais querido do mundo. Me deu uma camiseta do Grêmio, de malha, decote "V", coisa mais linda. Eu devia ter uns 4 ou 5 anos. O tio sabia das coisas. Me levava pra tudo que era lado: ia namorar, me levava junto! Ia buscar fruta no interior, com seu fuscão azul, e me levava junto. Me dava aulas de violão. Me ensinou o hino do Grêmio.
A verdade é que, quando meu pai percebeu, era tarde demais.
Te amo mesmo assim, pai!
Passa lá no blog!
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