Acontece por acaso. Ela toma uma cerveja, sozinha, num canto do bar, e pensa em Federico Fellini. É final de uma tarde qualquer de um dia qualquer de um estúpido verão qualquer. A vulgaridade do verão parece-lhe tão absurda que na maior parte dos dias prefere nem sair do próprio quarto. Nem acordar. Nem dormir. Nada. Só ficar ali.
Pensa em Federico Fellini. E entra em cena, atravessando a porta do bar, nuvem sobre o que poderia ser real, a doce Volpina. Esgueirando-se pelas paredes, sôfrega. Volpina quer tocar cada um dos homens do bar. Volpina ataca instintivamente. Volpina não se atreve a ter medo.
No canto do bar, ela já não está.
2 comments:
Good morning! I was browsing the web for personal knowledge, finding your blog interesting!
I will with a simple, well made, wrote a moving, beautiful photos and how immaginerà not know English very well. I am sure it will include any spelling mistakes, I apologize in advance. I'm an Italian boy who writes poems, with a dream in the drawer, open a room in Paris a winbar.
I would not mind a comment, what I write, in my humble Italian site,
in thanks for the inadvertent intrusion greetings
Carlo
Quando falaste do conto fiquei em dúvida sobre quem seria a Volpina do filme maravilhoso que é Amacord, eu me recordo... A foto ajuda. E o conto não desmerece em nada o mote!
beijo.
Post a Comment